quinta-feira, 9 de maio de 2013

QUANDO É A HORA DE TROCAR O TÊNIS?




Quando eu comecei a correr, não tinha muita grana pra investir em bons tênis. Posso dizer pra vocês que já experimentei de tudo que vocês imaginarem! Rs. E sempre corria até ter dinheiro pra trocar. Ter dois pares pra revezar? Nem pensar! Rs.

Quando eu sofri a primeira lesão, que fui ao ortopedista, ele me perguntou: "Há quanto tempo você corre com o mesmo tênis?". "Muito"- respondi. Então levei um belo de um "sabão"do médico.

Apesar de não existir prazo de validade dos tênis de corrida, é importante nos atentarmos à quilometragem somada a cada par, porque o desgate pode prejudicar.

De acordo com o especialista em corridas Dagny Scott Barrios*, "toda vez que o seu treino mudar muito - aumento de km em preparação para uma corrida ou término de um longo ciclo de alta quilometragem - você precisa trocar o tênis", afirma em seu livro Guia de Prevenção e tratamento de dores e lesões.

Vale lembrar, que sim, é importante haver rodízio de tênis. Não é só porque se molhar um par você tem outro para usar. É importante para que o sistema de amortecimento do tênis tenha tempo de se recuperar após um treino mais pesado.

Se você não pode comprar os dois pares de uma vez, uma dica é comprar o segundo par quando o primeiro estiver na metade do seu tempo de vida.

Os tênis devem ser substituídos antes de ficarem gastos, e, de modo geral, Barrios indica que a vida útil dos tênis está entre 400km e 800km.

O fisioterapeuta David Homsi, diz neste artigo, que essa quilometragem pode variar dependendo de alguns fatores , como por exemplo: o peso do corredor, o tipo de solo que você treina e a qualidade do material.

Além da quilometragem, existem alguns sinais que dá pra identificar se o tênis perdeu a qualidade:

  • Dores nas pernas: se você sente uma leve dor nos pés ou nas pernas, inclusive se não houve mudança no treino ou a sensação de que está sentindo mais o solo do que deveria, é bem provável que a dor venha dos seus tênis.
  • Rasgos e desgastes visíveis: se a sola está desgastada até a altura da entressola, ou se a entressola está comprimida ou pregueada, significa que os tênis já passaram de sua vida útil.
  • Inclinação: quando os tênis não ficam retos quando colocados em pé demonstram que perderam a estrutura e não são mais capazes de protegê-lo de forma adequada. E se há inclinação para dentro ou para fora, é necessário substituí-los.
Treinando para a Maratona, percebi que vou gastar, viu? Os tênis duram os 400km mesmo, porque a partir daí, já tenho a sensação de estar correndo com os pés no chão. 

Depois da minha primeira lesão, eu fiquei bem atenta à quilometragem dos meus tênis. Fazia uma planilha e ia anotando todo treino feito para não perder a conta. Esses dias, descobri um aplicativo que faz muito bem as vezes da planilha. Chama-se Run ST Free. Quando eu baixei, ele era gratuito na App Store.


Essa é a tela onde você adiciona os dados


Você pode adicionar quantos tênis quiser. Tem o campo onde você coloca o modelo do tênis, abaixo a distância percorrida. A conta que ele faz é para 400km, mas se você for daqueles que corre pouco é só continuar adicionar a quilometragem e esperar chegar até 600km ou 800km, sempre observando os sinais visuais. É uma opção à planilha!


*Guia de Prevenção e tratamento de dores e lesões / Dagny Scott Barrios

terça-feira, 7 de maio de 2013

GENTE COMO A GENTE ESPECIAL





Esse GENTE COMO A GENTE deveria ficar sempre no topo. Pra gente ler quando desanima dos nossos objetivos. Não tenho o que falar, porque a história fala por si só.

"Há mais ou menos 4 anos, eu comecei a ter lesões na coluna lombar, por conta do esporte que praticava: o 3 tambores. É uma prova a cavalo, do mundo dos rodeios. Corria todo fim de semana em provas. É um esporte de impacto, então ganhei 4 hérnias na lombar.

Fui levando até ter que parar de vez o esporte, continuei com os treinos na academia, mas a coisa foi piorando.Várias vezes em pronto-socorros, dias de cama, remédios fortíssimos, até que o médico, depois de muitas fisioterapias, disse que  o caso era cirúrgico.

Eu não percebi a gravidade, fui levando, até usar cinta pra treinar eu usava. E o médico sempre me perguntava a quem eu estava querendo enganar.

Fiz a cirurgia dia 1 de abril de 2010, nesse mesmo ano me casaria em dezembro.

A cirurgia foi tudo bem com a coluna, mas tive uma complicação,uma fistula na medula, o que me deixaria no hospital por um mês, sem pôr os pés no chão e quase de ponta cabeça, imagina!

Além da cortisona, que iria me deixar super inchada,tive que tomar um remédio, que não lembro o nome, pois só pode ser usado dentro do hospital.

Como treinava e fazia uma dieta direcionada pro treino,suplementos variados...juntou tudo, e em 2 meses fui dos 63kg para 85kg. Quando olhei na balança, olhei 2 vezes...não acreditava!
Tinha que fazer alguma coisa...meu casamento era no fim do ano, meu vestido nem no dedo entrava. Comecei uma busca desesperada.

Aproveitei que ia começar a reabilitação e comecei logo treino na academia, dieta com pouco carbo, sem suplementos. Tive que comprar outro vestido mas emagreci de uma maneira saudável e dentro do que podia fazer por conta da recente cirurgia: 6kg.

ANTES DA CIRURGIA

FOTO LOGO APÓS A CIRURGIA: OLHA O ROSTO REDONDO!

DIA DO CASAMENTO DEZ/10


Não me conformava ainda pesar 80kg. Comecei treino com personal e busquei a orientação para o meu caso. Deu errado, cresci, parecia uma panicat, uma funkeira. Sem preconceitos, aquele tipo de corpo pode até ser bonito, mas eu não queria participar do Arnold, queria o meu corpo de volta.

Não satisfeita, resolvi que era hora de relaxar e tentar ser mãe, mas tinha que fazer FIV. Com os hormônios o que aconteceu? Engordei de novo....E não engravidei.

LOGO APÓS A FIV , 82 KG EM JULHO DE 2011


Então, resolvi fazer do meu jeito. Não queria fazer  suplementação, mudei o treino com o personal. 

No café da manhã passei a comer ovos mexidos com pão integral ou mingau de aveia com leite de arroz, ou com whey protein e água. Hoje, como frutas como: banana, pitaya, melão e as amarelas, principalmente. No almoço como frango ou peixe,sempre com uma verdura, legumes. 

Amo salada de atum cenoura e alface. Subtituí tudo "branco"por integral. Nos lanchinhos da tarde como barra de cereal, de proteína ou faço uma coisa que amo, principalmente quando quero doce: banana com creme de amendoim, a peanut butter reduced fat com óleo de coco e chia. Também curto os picolés de limão da kibom,Dilleto, engana bem. 

Tive uma gastrite que até hj é tratada,então,larguei o refrigerante e vou falar que não sinto falta,e tomo chás de todos os tipos, água de coco, suco de uva integral. Assim, consegui chegar aos 73 kg.



Em novembro de 2012, percebi um nódulo no meu peito. Só fui ao médico em fevereiro. É difícil explicar... Nós nunca achamos que é o pior, mas devemos confiar no nosso sexto sentido. Fui viajar, era pra ficar uns dias, acabei ficando mais. Só tive o diagnóstico positivo para CA de mama em fevereiro.

Fiz a mastectomia e a reconstrução na mesma cirurgia. Comecei a quimio dia 18/04. Essa sou eu hoje, depois de tudo. Voltei na minha nutri, ela ficou feliz em saber que estou preparada para tudo. Dizem que quem faz a quimio pro tipo de CA que eu tenho engorda muito por causa da cortisona. Até agora estou me mantendo no peso, seguindo à risca tudo que minha nutri me manda fazer. Além de todos os remédios, tenho tomado algumas coisas naturais para me ajudar na imunidade, como geléia real, e para a fadiga, cápsulas de ginseng.



Estou fazendo a academia quando consigo (membros inferiores), faço terapia , tenho me cuidado espiritualmente. É importante estar com o corpo e o espírito equilibrados.

Acordo todos os dias, faço minha maquiagem, uso minhas roupas novas, elevo minha auto-estima, mesmo se estiver cansada, triste ou sem fome. Simplesmente, porque tudo isso teve dia pra começar e vai ter dia pra terminar! Existem os dias difíceis? Sim, quem não os têm?!

Mas paro, deito, medito e penso: "VAI PASSAR! EU ESTOU VIVA!"

Ig: @revittorato

segunda-feira, 6 de maio de 2013

GENTE COMO A GENTE CARLA PINHEIRO




Eu conheci a Carla pelo Instagram, mas não foi nas minhas "andanças" atrás de histórias de pessoas que tinham emagrecido. Nem me lembro como cheguei ao Ig dela, mas quando comecei a ver as fotos fiquei encantada com o estilo dela de se vestir. Um dia, ela postou uma foto dela numa calça bem maior que ela - kkkkkkk - e aí fui atrás da história dela. Mais uma mãe, que engordou, emagreceu, que em um determinado momento descontou tudo da vida na comida, mas que teve a consciência de que precisava mudar. Sinceramente, ela já era estilosa já mais cheinha, mas agora, eu acho que está  um arraso!!! Como disse uma seguidora minha pra mim: "Ficou com cara de rica!"kkkkkkkkkkkk

"Em 2006 tive meu filhote, engordei 17 kilos e voltei ao meu peso.

Há uns 2 anos mudei de emprego e comecei a engordar... Todas as roupas estavam muito apertadas e comecei a comprar peças com um número maior, não tenho a menor ideia do que me levou a ganhar esse peso, mas sei que preciso de uma rotina na minha vida, como boa virginiana, e, quando algo sai do eixo, lá vem kilos a mais.

Fui deixando os kilos extras  pra lá e procurava não pensar no peso, afinal eu estava com quase 40 anos e isso não era mais importante. Engano meu!

Aquelas roupas apertadas, aquelas dores no corpo, nas pernas, aquele cansaço doido pra subir uma escada. Tudo estava me fazendo muito infeliz.

Pra piorar, perdi meu pai no meio desse processo de engorda, dai foi tudo ladeira abaixo e nada do que eu fazia para eliminar calorias adiantava.Eu estava infeliz com tudo, tudo mesmo.

Aí que eu falo que a internet vem nos ajudar, uma amiga virtual sempre postava uma vida mais saudável em um determinado sábado passou a conversar comigo pelo Instagram e, incentivada por ela, desci na academia do prédio naquele mesmo dia.

Corri 1 minuto na esteira e quase morri de ataque cardíaco.

Mas eu não desisti, fui melhorando e me exercitando. Cortei a fritura, o doce, a bebidinha e em 11 semanas havia perdido 6 kilos, mas faltava e ainda falta muito mais, então procurei a nutri da minha irmã, que me fez uma dieta para fortalecimento muscular e sigo em frente com minha meta que é ter uma vida mais saudável e ficar mais equilibrada, no corpo e na mente.

Tive uma fratura por stress no meio do processo e faço fisioterapia, mas nada tira o meu foco de um corpo bacana, porque é uma mudança pra vida toda e não apenas para emagrecer aqueles 6 kilos."

Ig: capinheiro






sexta-feira, 3 de maio de 2013

GENTE COMO A GENTE MARCUS CORREIA




Eu não me aguentei pra publicar essa história! Que não é um antes e depois. É um antes e durante. 

E o Marcus só concordou em participar, com a condição de voltar aqui pra mostrar o depois. 

Eu conheço virtualmente o Marcus desde quando eu estava grávida. Nos conhecemos através de um grupo de corrida virtual que tinha no twitter. Mas foi  pelo Instagram que eu tive a certeza que raramente me engano em relação às pessoas. Além dele ser um querido, educado, super pai e marido, é de uma determinação fenomenal. 


"Debs... Vc nao tem noçao! Eu vou comprar minha PRIMEIRA bermuda de compressão pra correr!! Coisa q eu soh via triatleta e corredor mesmo usando! E agora eu me acho com corpo legal pra usar!
Nossa... Eu realmente to feliz... Muito feliz... :))))" 


É de emocionar! Só quem passou ou passa por uma RA sabe que sensação é essa!

Eu li e reli o depoimento dele umas 500 vezes e em algumas partes chorei mesmo, pq super me identifiquei. Ele não fez a RA somente pela estética. Fez pra uma mudança de vida, pra diminuir taxas que estavam super altas, pq queria correr e o sobrepeso não "deixava",  pra poder saber que vai ver a filha crescer. Ele, assim como eu, tinha um pai desregrado e que, em consequência disso não pode nem conhecer a neta. E quando vc tem esses "maus" exemplos em casa, ou vc é igual ou decide partir pra um caminho totalmente diferente. E foi o que ele fez! 



"Quando a Debs pediu pra falar sobre meu emagrecimento, fiquei meio receoso. Afinal, sobre o que eu iria falar que todo mundo ainda não tivesse lido? O blog dela é conhecido, as historias são formidáveis. A minha seria apenas mais uma no meio de muitas. Dei conta de que se a minha fosse importante apenas pra uma pessoa que a lesse, que alguém pudesse mudar seu estilo de vida por conta do que eu contaria, já seria muito legal. Aceitei então de cara o convite dela. E agora me proponho a compartilhar com vocês um pouco do que eu passei e estou passando.

Meu nome é Marcus, sou casado com a Danielle (que também faz a reeducação alimentar e foi de total importância para o meu sucesso hoje. Se não fosse por ela, eu não teria saído do peso inicial ), pai da Maria Claudia, 40 anos, carioca... E pesava 114.3kgs no começo da empreitada.

Eu sempre fui gordo. Não fofo, gostoso, bonitinho. Gordo mesmo... Daqueles que quando sentam a barriga dobra, parecem vários travesseiros. É certo que por começar a treinar muito cedo, com 17 anos, aquela gordura toda era meio que camuflada em músculos. Então eu me achava um cara forte, porém gordo.  E isso durou toda minha fase jovem e adulta. É claro que havia épocas em que eu “tomava vergonha” e, através de algum remédio manipulado ou dieta doida, emagrecia. Claro, também, que voltava a engordar mais e de maneira mais forte, causando um impacto maior na minha vida. Nem minha paixão por musculação e por correr ajudou. Via meus amigos correndo muito mais do que eu conseguia, fazendo melhores tempos, e mesmo com o volume de treino, não conseguia sair daquele patamar, na maioria das vezes quebrando em provas que seriam fáceis terminar.

Eu comia muito. Comia de tudo. Fui criado numa casa onde, felizmente, nunca tivemos problemas com comida. Mas justamente essa “facilidade” tenha sido meu maior problema, pois assim não via limites e fazia mil coisas na cozinha. Mesmo quando fui morar sozinho, já adulto, continuava a cozinhar coisas gostosas, porem calóricas. Nesse ínterim, tive problemas relativos ao coração, que felizmente não se mostraram graves a ponto de preocupar o meu cardiologista, mas que serviam de aviso para que eu pegasse mais leve. No meu limite de peso, cheguei aos 120kgs. As pessoas diziam que não aparentava, pois eu era forte, mas sabia que deveria fazer algo para mudar, afinal, já estava casado com a Dani e já tinha uma filha. Mais do que minha saúde, deveria pensar nelas, em como ficariam se eu faltasse.

Resolvemos então, eu e minha esposa, fazer uma dieta. Escolhemos a Dukan, que já havíamos visto que poderia trazer bons resultados, pelos exemplos que líamos em sites (que depois se mostrou mais do que uma dieta, mas uma verdadeira reeducação alimentar) e eu, particularmente, assumi o compromisso de fazer minha primeira meia-maratona. Nesse período, já estava seguindo uma planilha passada por um amigo que é profissional de Educação Física e triatleta, mas não estava conseguindo cumprir o que ele havia me proposto pelo peso.

Começamos a dieta no dia 21 de Janeiro. Como toda dieta (vou chamar de dieta, embora eu realmente a veja como uma reeducação) foi bem difícil o começo. Não a ponto de eu passar fome ou ter algum problema, mas era difícil resistir a certos tipos de alimentos que gosto de comer e não poderia. Mas fui firme. Acho que em todos os anos que tentei emagrecer, essa foi a situação ao qual mais me dediquei a algo. Talvez esse tenha sido um fator determinante para, até agora, o sucesso desse projeto.

Com o tempo, a reeducação se mostrou apropriada, pois, alem de melhorar minha autoestima, comecei a ter mais disposição para a corrida, para os treinos. Completo minha planilha sem sufoco e tenho certeza que vou completar minha primeira meia-maratona esse ano melhor do que imaginava quando comecei a treinar.

Acho que também é valido, aqui, mostrar que a questão não é só o emagrecimento, a melhoria do físico ou algo assim. É a saúde. No começo do projeto, em Janeiro, fiz um exame de sangue. Apesar de ver boa parte das taxas normais, eu vi que algumas taxas, entre elas ureia e ácido úrico, estavam fora dos padrões, fator que me deixava com muito medo, pois sabia que o método que iria entrar me faria comer muita carne, incluindo a vermelha. Fiz outro exame no dia 27 de Abril e fiquei muito feliz ao verificar que todas (sim TODAS) as taxas baixaram ou normalizaram, incluindo a de ácido úrico, que era o meu grande medo. Acho que não preciso dizer o quanto é importante fazer exames regularmente e ter certeza de que está tudo “nos conformes”, não é?

Vocês não tem ideia da minha felicidade, sabe? Toda vez que me olho no espelho... Vejo o quanto estou bem, o quanto emagreci e como estou bem de saúde. Leio e releio meus exames de sangue e penso no meu pai que morreu por conta de má condução com a saúde. Hoje eu sou tudo que queria que ele tivesse sido na minha idade. Talvez, se ele tivesse se preocupado com sua saúde, como eu me preocupei com a minha agora, não teria tido três infartos, não precisaria de pontes de safena e não teria partido tão cedo, sem conhecer suas outras netas, incluindo a Clau, minha filha.

 Vejo minhas roupas indo embora! Estou vestindo 42, já indo pro 40!! Há três meses eu não sabia se usava o 48 ou o 50!!!! E a camisa??? M já ta cabendo em mim e larguinha!! 

O que posso deixar como mensagem para quem lê? Tenham uma meta clara, definida, do que querem, e cumpram o que determinarem. Não importa se são 5kgs a menos ou uma Ultramaratona aos 50 anos. Cultive com seu corpo o pensamento de que apenas juntos, mente e corpo, podem emagrecer, melhorar o condicionamento físico e a autoestima.  As redes sociais estão cheias de exemplos lindos de pessoas que chegaram lá por que se comprometeram com o que é mais importante: sua saúde, seu bem estar. Vai ser difícil? Claro que vai! Se fosse fácil seria vendido em qualquer esquina. Mas eu garanto que vale a pena mudar radicalmente sua vida em prol de um estado mais saudável, seja reeducando seu organismo na alimentação ou reeducando seu corpo através de exercícios. Estude, procure, se informe. Busque ajuda de profissionais que vão poder lhe ajudar a conquistar suas metas. Esse é meu desafio a você que leu meu testemunho e que, no fundo, se sentiu mal por saber que tem forças pra mudar e não muda."


Ig: @whitecast















segunda-feira, 29 de abril de 2013

GENTE COMO A GENTE DEBORA "BINHUXA"




Quando eu recebi as fotos da Débora, eu não sabia qual montagem por rs. Por isso resolvi colocar várias, porque a transformação dela foi impressionante! Mais um caso de mãe, que por um tempo deixou de cuidar, abdicou da vida em função do filho e que percebeu que além de mãe, era ainda mulher,esposa,profissional! História que emociona pela força de vontade!


"Eu não posso afirmar, mas acredito que seja um pouco diferente as sensações com relação as mudanças no corpo de quem um dia já foi magra, malhada, toda boazuda e uma hora se viu no espelho com 80 kg e um manequim 46 quem sempre foi gordinha, cheinha e vive no efeito sanfona.

Meu caso é o primeiro.

Dos meus 17 até 26 anos, sempre tive um corpo considerado como chamativo pela sociedade de hoje. Sempre tive bundão, peitão e quase não tinha barriga.

Às vezes ficava um pouquinho acima do peso mas o acima era manequim no máximo 42.

Quando engravidei estava com corpão pois tinha feito uma hidrolipo, um procedimento não invasivo para diminuir gordurinhas indesejadas para quem tem preguiça de malhar como eu.

A hidrolipo é ótima, mas só para quem tem apenas poucas gorduras localizadas, para pessoas gordinhas não adianta nada, poura enganação.

Na gravidez ganhei apenas 15 kg o que é considerado normal e nos primeiros 3 meses emagreci pois amamentava muito e aí dei aquela secada básica.

Porém, quando decidi abandonar meu trabalho de 8 anos em uma empresa para me dedicar 100% ao meu filho é que as coisas começaram a mudar. Uma decisão difícil de ser tomada, uma situação que várias mulheres vivem, um verdadeiro dilema.

Trabalhar e ganhar dinheiro no mundo corporativo ou ser mãe, dona de casa e ser vista pelos outros como “sustentada” pelo marido.

Sempre trabalhei desde os meus 17 anos e sempre tive as minhas coisinhas, meu din din que nem era muito, mas era meu, só meu.

O primeiro ano sem trabalho me renderam 13 kg a mais.

Eu estava tão feliz em ser mãe, estava tão realizada com meu filho que realmente toda aquela minha vaidade, importância com o corpo não me importava.

Quando a gente tem filho nossas prioridades mudam completamente, a vida toma um outro sentido.

Minha prioridade não era mais eu, as roupas que eu comprava, a massagem que eu fazia para tirar celulite. Minha prioridade era meu filho.

Engordei inconsciente porém consciente do que ia acontecer com o meu relaxamento.

Ficava em casa, cuidava do meu baby, comia, comia e comia para preencher as lacunas de ansiedade.

Passado o primeiro ano do meu filho comecei a notar que algo estava errado comigo e que eu não gostava mais de tirar fotos, coisa que eu amooooo fazer, não ficava horas me arrumando na frente do espelho...percebi que não estava gostando do que eu via ali refletido.

Um dia abri minha gaveta de calcinha e fiquei olhando para aqueles sutiãs “begiiiiiiiiiiiiiiii”, calçolas para comprimir toda sua gordura que Tb eram “begiiiiiiiiiiiiiiiiiii” e me dei conta de que aquilo não era eu.

Via no rosto das pessoas o espanto toda vez que me encontravam !!

Meu marido que eu chamo de ogrinho verde claro, nesse ponto nunca me colocou para baixo. Ele sempre me dizia que era uma fase pós gravidez e que meu corpo ia voltar.

Mas eu não me ajudava e cada vez comia mais e mais.

Pois bem, em 3 anos 25 kg acumulados, um manequim 46 e as pessoas chocadas com a minha transformação.

A loira boazuda tinha virado uma gorducha !

Montei meu negócio, comecei a trabalhar em casa. Hoje tenho um serviço de entrega e montagem de mesa de frios, escolhi trabalhar com delícias de dar água na boca.

Um dia então, encontrei uma colega que não via a muito tempo e ela me perguntou se eu estava grávida de novo. Oiiiiiiiii ????!!!

Esse foi o boom para eu mudar alguma coisa, tinha que fazer por questão de saúde, de estética e por que minha auto estima estava bem baixa.

Só usava batas bem largas, calças jeans não me cabiam, as pernas roçavam umas nas outras me deixando toda assada...

Várias amigas, meu pai, meu irmão, sempre me falavam que eu tava irreconhecível.

Amigos e pessoas que realmente te amam são aquelas que falam o que vc não quer ouvir na hora que vc mais precisa  ouvir.

As que dizem: Vc é linda de qualquer jeito, essas gostam de vc e querem te fazer sentir bem, mas não te amam.

O primeiro passo foi ir ao endócrino que por acaso é meu tio.

Pedi a ele uma fórmula mas sem essa doideira de sibutramina, e esses remédios que vc toma e engorda tudo depois.

Ele me manipulou uma fórmula para que eu fosse mais ao banheiro pois além de reter muito líquido eu também tenho, como  a maioria das mulheres dificuldade de fazer número 2.

Daí ele disse, aqui ta 40%, o resto é com vc, milagre não existe.

Na primeira semana pensei que ia enlouquecer.

Bebia 2 litros de coca cola por DIAAAAAA, comia pão praticamente todo dia, me enchia de fritura.

Larguei tudo na marra e fiz uma dieta a base de frutas, iogurtes, pão sírio, queijo branco e fui bemmmmmmmm radical, cortei cerveja, petisco final de semana.

Saía pra almoçar com meu pai e meu marido, eles comiam picanha e eu comia vento pq já tinha feito minha refeição de frutas, iogurte e barra de ceral.

O mais difícil são as duas primeiras semanas, você engrenar mesmo. Se você sobreviver a esse prazo, depois  começa e ver o resultado e se empolga.

Comecei a desinchar e nem acreditava que eu estava praticamente “esvaziando”.

Tomei a manipulação por 2 meses apenas, e os outros 3 foram de dieta, determinação, força de vontade e de foco no foco.

Comecei uma novela no facebook com o projeto #voltabinhagostosa (Binha é meu apelido).

As pessoas incentivavam, viam o resultado do meu esforço e eu comecei a motivar muita gente que não acreditava em si mesmo.

É o que eu falo, vc não será magra comendo feijoada, fast food, tomando chope todo final de semana e aí na segunda feira começa a fechar a boca de novo ou a tomar veneninho pra emagrecer.

Remédio é ilusão!!

Infelizmente não há milagre e emagrecer e manter só depende de nós mesmos.

Já tem um ano e meio que eu eliminei 21 kg.

Já tem uma ano e meio que não coloco uma gota de refirgerante na minha boca nem em festa de criança e olha, como eu tenho festa de criança para ir.

Já tem um ano e meio que eu não uso mais sutiã 46/48 e sim 44...

Já tem um ano e meio que meu manequim é 38 e eu tive que fazer ajuste em todo meu guarda roupa...

E a minha motivação para continuar mantendo e na luta contra a balança não são os elogios que eu ganho dos outros, os “fiu fiu” dos homens na rua, e sim eu me olhar no espelho e me reconhecer.

Ter filho não é justificativa para vc aceitar 21 kg a mais em vc.

É preciso amar se olhar, gostar de colocar aquela calcinha linda que não é “begiiiiiiiiiiiiiiiii” para o seu marido sem medo de parecer ridícula, é se amar vendo seu reflexo.

Há pessoas que se amam gordinhas, que se aceitam e eu acho isso o ximo.

Porém quem não esta satisfeito com seu corpo pode e deve começar a tentar dar o primeiro passo.

Foi o que eu fiz.

Sei que hoje com 34 anos não consigo mais emagrecer com a facilidade de quando tinha 22. Minha pele não é a mesma de antes mas graças a Deus não fiquei pelancuda.

Tenho flacidez na barriga, mas não fiquei com estrias e as celulites diminuíram muito mesmo.

Hoje não quero ter corpinho de mulher fruta, não quero ser boazuda, quero apenas vestir uma roupa e me sentir bem comigo.

Como de tudo e aprendi que a lei da compensação funciona e muito. Não dá para se ter tudo ao mesmo tempo na vida.

Se um dia vc tem o fast food, no outro vc tem a a maçã, o pão sírio e assim vai...

E é isso gatammmmmmmmmmmmmmm, de gorducha a Divaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pq eu me amo e me acho linda !!

Esse papo de beleza interior é legal, masssss, infelizmente não é bem assim que a banda toca."
Ig: @binhuxa