Dia 05/08 foi a Golden 4 Asics aqui em São Paulo. É uma prova ótima, percurso bom, boa hidratação e era pra ser uma "prévia"
O que acontece é que duas semanas antes da prova, comecei a sentir depois de um treino, a panturrilha. Fisio daqui, gelo dali, parei de correr durante este tempo, porque achei que fosse apenas um "stress muscular" por conta da maratona. Na semana da G4 voltei a treinar, ainda sentindo um pouco, e domingo fui pra prova.
Foi um fds especial, porque a Vivi, uma amiga de Curitiba veio pra cá, ficou em casa, relaxamos bastante antes de domingo. A prova em si, era pra ser especial. mas não foi bem isso que aconteceu.
Combinei com o David, meu fisio, que ele me "pegaria" no km 12 pra me puxar e terminar comigo a prova. Já saí com uma dorzinha chata na panturrilha, que foi aumentando com a distância, mas resolvi continuar ( como eu ODEIO ser assim! ). Além disso, o cardio não estava dos melhores, pelas duas semanas que havia ficado parada. Quando encontrei o David, disse pra ele o que estava acontecendo e fomos administrando até o final.
Foi o meu pior tempo de meia maratona desde que comecei a correr. Eu sei que para muitos, o meu tempo "quebrada" é um sonho. Mas para mim, foi um horror (1h52m). Junto ao tempo, veio a pergunta: "E agora pra treinar pra Chicago?".
Hoje, 13/08, faltam menos de 2 meses pra prova. A dor na panturrilha permanece e ninguém consegue descobrir o que é. Não é por falta de exames, de um bom médico, de um bom hospital, de um bom fisio. Simplesmente é um MISTÉRIO.
Eu nunca fui muito boa em lidar com frustrações. Eu surto, choro, fico mal mesmo. Se fosse uma prova qualquer, iria sofrer, mas não como essa. Chicago foi uma prova planejada desde quando a Duda estava na minha barriga. Ou seja, quase dois anos sonhando em fazê-la. Eu estava no melhor do meu cardio, da minha performance, planejando tempo
Eu não sei se vou poder mais correr essa prova. Amanhã é a minha última tentativa para que alguém descubra o que é isso. Conversei com meu treinador e, se ficar mais 15 dias parada, posso pendurar meu tênis pra essa maratona. Não quero mais criar NENHUMA expectativa de ir pra Chicago. Isso não é ser pessimista, é ser realista, é saber que sou uma pessoa que talvez não "saiba" levar um tombo...
Que horrível. Sério. Não quero de jeito nenhum que a Duda seja assim! Sei que não depende só de mim, que isso terá muito a ver com a personalidade dela... Mas...Que Deus ouça as minhas preces e me faça mostrar a ela que a vida é feita de altos e baixos e que, pro nosso bem e crescimento, devemos aprender a lidar muito bem com eles.
Amém!