A crioterapia nada mais é do que você literalmente "entrar numa fria".
O nome crioterapia vem do do grego: krios siginifica gelo e therapeia vem de tratamento. A origem é lá de 2500 a.C., quando Hipócrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e, mais tarde, quando Dominique Jean Larrey (médico de Napoleão Bonaparte) realizava, em soldados, amputações menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau. No século XX, a crioterapia começou a ser usada no mundo esportivo.
Depois de "n" lesões que tive, hoje não faço um longo sem fazer a imersão no gelo depois. Durante a semana é muito complicado fazer esse procedimento, então, tenho 4 bolsas de gelo que vão se revezando ao longo do dia na canela em aplicações de 15 a 20 minutos.
Há um tempo atrás, compramos um "baldão", que quando cheio, a água com gelo chega até o joelho. Nós compramos um saco de gelo na volta da corrida, chegamos em casa, colocamos o gelo no balde, completamos com água e colocamos o pé (tem que ter fé! rs). Na primeira vez que fiz, ninguém me avisou que o pé podia queimar haahahaha, então, adivinhem o que aconteceu, néamm? Hoje, toda vez que vou fazer a crio, amarro um saquinho, como está na foto, para eviatar "desastres". Esse sábado, quando postei no Instagram, veio uma dica muito legal da Carla Moreno que é: "permaneça com a meia e enrole o pé com papel filme, que é até mais confortável para os dedos". Essa dica é preciosa, porque vem de uma atleta pro que faz sempre.
Mas por que fazer a crioterapia, quanto tempo o pé deve ficar no balde sem o risco de "necrosar"? kkkkkkk
Segundo o Fisioterapeuta David Homsi , a crioterapia produz anestesia, analgesia, diminui o espasmo muscular, induz ao relaxamento, permite mobilização precoce, incrementa o limite de movimentos, quebra o ciclo dor-espasmo-dor e diminui o metabolismo.
A temperatura da água utilizada nos banhos de imersão varia de -1C a +5C, durante um tempo de 3 a 10 minutos.
A crioterapia é indicada, ainda de acordo com David, em caso de fraturas consolidadas ou em fase de consolidação, pós- lesões traumáticas como entorses, luxações e subluxações, além de pós-operatórios. Ainda, após atividade física prolongada e de esforço máximo. No meu caso, posso dizer que com os treinos pra Maratona e as distâncias aumentando, não tenho sentido quase nada de dor após os longos de 28 km que fiz esse mês. Isso acontece porque o corpo provoca uma vasodilatação para aquecer a área submetida à crioterapia. Automaticamente acontece uma limpeza das impurezas do ácido láctico e das microlesões provocadas pelo esforço.
Um fator importante segundo o fisioterapeuta Flavio Baptista, é o aquecimento da película de água que envolve a região afetada após os 5 minutos iniciais da imersão. Por isso, não é colocar o pé e deixá-lo paradinho. Durante o tempo de imersão tem que movimentar a água constantemente.
Outra coisa importante em relação à temperatura, é que, à medida que o gelo derrete, a temperatura se eleva. Então, o ideal é ir medindo com um termômetro e ir colocando mais gelo para manter a temperatura ideal.
E por que isso? Porque a crioterapia por imersão,entre outras coisas,beneficia a amplitude de movimentos, diminui a tensão muscular, relaxa, melhora a circulação e promove analgesia.
Sempre lembrando que essas são apenas dicas! Se você tem dor constante procure um especialista. Ele é quem vai poder indicar o melhor tratamento para o seu caso.
"Botinha" de saco plático |
"Pé no balde" |
Fonte: Reprodução |