Mamis, eu e vovó! |
Este final de semana minha mãe veio pra cá. Engraçado como a presença dela me acalma, mas ao mesmo tempo me dá forças; me alivia e me recarrega.
Desde que eu engravidei, venho pensando muito em que tipo de mãe eu gostaria de ser. Dizem que, se você tem um exemplo em casa, ou você vai na direção dele, ou você pega o rumo oposto. Na minha casa, eu, com certeza, quero tomar o mesmo caminho. Estava me lembrando esses dias, fazendo uma retrospectiva mesmo, da quantidade e tipo de sacrifícios que minha mãe fez por mim, desde que eu me entendo por gente. Sim, porque desde que eu não me entendo - rsrs- só estou sabendo agora, que também estou grávida. A respeito deste "sacrifício", especificamente, o que tenho a dizer é que: sim, estar grávida é realmente uma dádiva, um milagre, mas as transformações pelas quais passamos (nós, mulheres), são imensas, e só realmente em serzinho destes é capaz de valer a pena.
Sobre os outros, continuo minha reflexão: foram desde as preocupações quando eu era pequena - que tive febre reumática e me lembro que quando eu ia tomar a série de Benzatacis, ela chorava junto comigo; passando por brincar comigo quando chegava cansada do trabalho; me levar a shows do Menudo, A-ha, Paralamas do Sucesso - porque era a única mãe de todas as minhas amigas que se dispunha a fazer isso ( e ia no fusquinha carregado de meninas, depois deixando uma a uma em suas casas); pensar no que ela passou sendo filha única, e, em não tendo mais filhos naturais, adotar minha irmã - que eu amo tanto!-, para que fôssemos uma família maior; dar palmadas quando era necessário, e sim, algumas vezes elas foram mais que necessárias e merecidas; ouvir coisas de mim quando adolescente que ela jamais precisaria ouvir pela mãe que é / foi; me "empurrar" pra fora de casa pra fazer uma faculdade em outra cidade, pra que eu pudesse crescer e me tornar independente,aprendendo a resolver meus problemas sozinha; chorar junto comigo nos términos de namoro; abrir meus olhos quando eu precisei; me dar conselhos como amiga,às vezes se eximindo do papel de mãe, enfim, não dá pra enumerar tudo, mas quando eu começo a me lembrar de tudo isso, vejo que quero ser pra Duda uma mãe assim: melhor amiga, companheira, brava quando precisa, ensinar os valores, pra que ela possa, quando crescer, saber exatamente que caminho tomar, com muita consciência do que é certo ou errado.
Tenho certeza que ela vai ser a melhor avó do mundo e que esteja sempre ao meu lado, pra me orientar na educação da minha pequena!