Quando a Duda nasceu,minha mãe chegou no outro dia. Na primeira semana foi uma confusão ,pois ainda estávamos no hospital, estavam ela e meus sogros aqui, aquele monte de visitas, enfim, só fui perceber o que era a rotina de estar com um bebê em casa, quando tudo isso se acalmou.
Na semana após o nascimento, depois que meus sogros foram embora, minha empregada ainda estava de férias, então ,ficamos eu e minha mãe na loucura de cozinhar, lavar roupa, passar, cuidar da Duda... Essas coisas de casa, mais ela do que eu, porque eu estava completamente a mercê da nenê. Nesses primeiros dias, ela quase não ficava com a netinha, so entrava no quarto, dava bom dia,olhava, sem querer incomodar.
Minha mãe, bem diferente de mim -rsrs- , é a pessoa mais quietinha e discreta do planeta. Acho que por não querer se intrometer, nem atrapalhar, achou que a melhor forma de ajudar num primeiro momento, era fazer as coisas de casa. Depois de 1 semana nessa rotina, ela quase não tinha interagido com a Duda, e o Fabio me disse: "Escuta, você precisa por sua mãe junto da Duda, porque senão, fica parecendo que ela só está aqui para fazer as coisas de casa!".
Ele saiu do quarto e chorei copiosamente! O que eu estava fazendo? Tão absorta na situação nova, que deixei de lado a pessoa mais importante na minha vida, que "abandonou" a rotina dela lá em Brasília pra ficar comigo e com a única neta, e eu sem sentir, não estava deixando que ela participasse do momento que ela, assim como eu, tanto esperou!
Nesse dia, eu a chamei e perguntei se ela não queria trocar a fralda da Duda. Indescritível o brilho nos olhos da minha mãe, pegando a netinha, conversando com ela, e o mais impressionante, como a Duda correspondeu às palavras, ficando calminha, sem chorar.
Desde então, há 2 meses, a interação das duas tem sido uma coisa maravilhosa. Minha mãe é muito calma,fez curso de shantala, pois fazia um trabalho com crianças em Brasília, nas crises de cólica da neta, era ela quem "salvava a lavoura", pois o único lugar onde a pequena parava de chorar era no colo da vovó. Quando ela termina de mamar durante o dia, é no colo da vovó que ela vai arrotar...
Amanhã, ela, depois de 2 meses convivendo diariamente - como não convivia há 17 anos (que foi quando saí de casa para fazer faculdade) - , está indo embora para Brasília. Às vezes, pela distância de tanto tempo longe, você se acostuma com a ausência de alguém. Nos falamos todos os dias pelo telefone, somos melhores amigas, ela é minha amiga, confidente, conselheira, mas é tão diferente quando estamos juntas... E eu tinha me esquecido disso, porque as visitas eram sempre tão rápidas por causa de trabalho, que não dava tempo de lembrar como era...
Vai ser difícil sem ela aqui. Não pela ajuda, por ficar com a Duda quando preciso ir a um banco, supermercado, mas pela convivência, pelo carinho, pelas conversas, ou mesmo pelo silêncio quando estamos no mesmo ambiente, mas nem precisamos falar nada uma para outra.
A Duda também vai sentir muito a falta do colinho da vovó, da voz calma e doce rezando a Oração do Anjo da Guarda quando ela está com cólica, agitada ou com os olhões arregalados... Sabemos que não é por muito tempo, que logo ela estará aqui para nos visitar, mas de verdade.... tenho uma invejinha branca de quem tem a mãe morando por perto...
Boa viagem mamis e volta logo! We will miss you!
Que coisa boa é ter a mãe por perto né?!
ResponderExcluirA Bia chegou meses depois do falecimento da minha avó, que foi uma mãezona pra mim. Por isso sempre quis ter minhas filhas perto da avó, sei o quanto é saudável esse contato. Mãe educa, avó educa também, mas dá amor sem a preocupação de estragar de tanto amor e carinho que dá. Consequência disso: filhos (ou melhor, netos) mais amorosos e felizes. Lamento por meus sogros não estarem presentes, estão lá no céu olhando e orando por nós. Louvo a Deus por ter meus pais pertos, cuidando das minhas filhas, suas queridas e únicas 3 netas, intensamente.
Fiquei emocionada com seu texto.
Pois é Leia...
ResponderExcluirE eu fico pensando como podemos nos acostumar com a ausência da mãe?!!!
Só de falar eu choro...
Vó é vó.... não tem jeito... Eu adorava passar as férias na casa da minha...Meus filhossss simplesmente amam os avós.... Choram quando acabam as férias e precisam voltar para casa...rs
ResponderExcluirSem dúvida a Duda sentirá muita falta dela!!
Ah....Impressionante como vc lembra sua mãe!!!
O sorriso é muito parecido!!!
bjs
Eu sei muito bem sobre o que você está falando...como desejei pelo menos 1 dia ter minha mãe perto de mim durante a gravidez, só pra ela curtir o barrigão por um 1 dia...e agora com o Elias no colo como desejo ter a minha mãe pertinho de mim!!! Sinto muita falta de ter meus pais convivendo com o neto...conosco!!! Choro em pensar sobre isso...
ResponderExcluirBeijos pra vocês!!!
Pois é, filha. Você ainda está no "maternal" do curso da maternidade, mas já começou a entender o que é ficar longe de um filho: uma hora fora de casa e pelo menos dois telefonemasa para saber como a Duda está... Já imaginou 17 anos??? Você diz que acabou se acosdotumando com a minha ausência e é natural que isso aconteça. A gente se acostuma a viver sem a mãe por perto e disto eu entendo bem, você sabe. Mas viver sem o filho por perto é outra história... Não dá para acostumar, não dá para achar natural, não dá para tapar o buraco com telefonemas diários e visitas esporádicas... São 17 anos da mais pura carência!... Que, graças a Deus, foram interrompidos pelo evento mais maravilhoso das nossas vidas - o nascimento da Maria Eduarda!!! A apaixonante, a deliciosa, a preciosíssima Duda!!! E com ela aí vai ser diferente. Vou esquecer um pouco a minha conduta não invasiva e estarei aí sempre que a saudade apertar muito. Porque, se ficar longe de filho já não é natural, longe de neta, então, é totalmente inadmissível! Me aguarde!!!
ResponderExcluir